For you

Jogue fora as flores, memorize o aroma delas.

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segunda-feira, 31 de março de 2008

Pra todo o sempre...

Se a escuridão agora assombra os meus dias?... Ainda não, mas daqui pra frente eu irei passar por momentos dos quais ja conheço bem e mesmo os conhecendo como a palma de minha mão, ainda assim eles me surpreenderão, eles virão mais fortes e mais encorajados a me derrebar... Havera dias que eu exitarei e vencerei, mas havera dias que eu desistirei de lutar contra essa mare de incertezas e me atirarei em meio a um abismo, que eu seu fim, encontrarei pedras rochosas e talvez dentro delas espinhos que me torturaram ate o meu ultimo gemido de dor.

E os meus sonhos desse grande amor? sera que acabou? só sei que nao se materealizou e talvez nem vá, porque voce desacredita em nós, e eu sozinha posso me levantar, mas não posso te levantar sem que voce me ajude com isso...

Os pinguin? Ha... esses sao pra sempre, e quem falou que meu amor por voce tambem nao sera?... Sera, e sera pra todo o sempre!!

O diário de uma condenada... (Nao terminado)

Diário de uma condenada


Não sei por que estou escrevendo, nunca fui boa em redação na escola, sempre tirava notas baixas. Na verdade minha terapeuta me aconselhou a registrar tudo o que eu sentia raiva, felicidade, amor, para que ela pudesse analisar minha melhora ou piora.
A exatamente um a ano atrás eu estava matando aula, eu e uma turma de amigos fomos ao cinema, como de costume, faltávamos nas quartas-feiras, quando tinha aula de física e inglês e de quebra matemática, esse era o dia de entrar de graça no cinema, isso porque meu colega de aula e maior admirador era funcionário do cinema e era nas quartas que ele ficava na bilheteria.
Eu sempre chegava como quem não quer nada e perguntava:
E aí, gatinho... Será que você não teria uns ingressinhos pra sua amiguinha aqui?
Claro que sim, ale!!! Aqui estão como sempre seus seis ingressos...
Eu já disse que você é uma doçura? Bom, não importa valeu Cris...
Não tem de quê, mas meu nome é Bruno!
Bom, que seja Afonso, tanto faz!
É Bruno!

Pra mim pouco importava o nome dele, eu nem se quer olhava pra cara dele quando falava com ele, na verdade esse era um dos meus defeitos, um dos muitos, na hora de falar com alguém não conseguia encarar a pessoa, olhando em seus olhos, a falsidade era vista nos meus...
Naquele mesmo dia a karen, uma das minhas amigas viu um bolsa no shopping que custava 80,00 reais, então nós tivemos uma grande idéia, enquanto eu distraia o o Bruno a Karen roubava o dinheiro do caixa do cinema, mas a burrada foi que ela pegou bem mais do que 80,00 reais, foram 200,00. fiquei sabendo no dia seguinte pelo Calleb, um ex amigo que de uns tempos pra cá andava muito estranho, antes ele era legal adorava zuar os outros, mas depois mudou, dizem que o pai dele deu uma surra nele, mas grande coisa quantas surras já tomei e nem por isso me caguei. O Calleb me procurou e me passou um sermão, que não precisava, me contou que o Bruno assumiu a culpa do roubo para não sujar meu nome e acabou sendo despedido.
Naquela semana fiquei com um pouco de remorso, mas só um pouquinho, pois eu sabia que o Bruno precisava do emprego porque ele ajudava a sua vó comprando seus remédios da diabetes. Surpresa eu fiquei quanto recebi uma nova noticia, mas dessa vez quem me deu a noticia trágica foi a Mônica, minha amiga que não estava no cinema semana passada, portanto, não sabia do roubo. Ela me procurou meio triste, pois era prima do Bruno, a sua avó havia falecido na noite passada. Foi um dia em que me senti uma cobra, um lixo, eu tinha certeza que a culpa era toda minha, mas por vaidade não confirmei pra ninguém que eu era responsável pela morte da Dona Gertrudes. Não tive coragem de ir ao enterro e dar os pêsames a família do Bruno, então fiquei escondida atrás de uma arvore bem no fundo do cemitério, pra que ninguém me visse, doeu meuito ver que o Bruno estava arrasado e que tudo era minha culpa.
Na manha seguinte já na escola procurei o Bruno, para pedir desculpas e dar apoio a ele, mas o Calleb não deixou que eu me aproximasse.

O que você quer com ele? Cai fora! Ele ta sofrendo muito.
Eu só quero dizer o quanto eu sinto pela morte da avó dele.
Sente? Você não tem moral para sentir alguma coisa, eu vi o que você fez no shopping, eu sei do que você é capaz Alexandra, já participei de muitos dos seus momentos...
eu só quero pedir desculpas. Poxa! Será que você não entende eu também to sofrendo, eu sou a responsável pela morte de uma inocente, por causade uma brincadeira uma pessoa morreu. Desde que isso tudo aconteceu eu não tenho mais socego, agora sai da minha frente! Por favor...
não será preciso, você não foi culpada de nada, a avo do Bruno teve uma morte súbita, dormiu viva e acordou morta, quer dizer a coitada nem chegou a acordar...
isso é verdade? Nossa você me tiroou um peso na conciencia, quantas noiutes mal dormidas, por isso... bom valeu Calleb, te devo uma!

O Calleb realmente pensou que eu tivesse mudado, mas foi só limpar minha consciência de que a culpa não era minha que eu voltei a aprontar. Tinha uma garota, grande, morena, com cara de homem, que era minha colega, ela nunca me fez nada de mal, mas também nunca fez nada de bem. A joana era o tipo de menina simples, que mandava muito bem nos esportes masculinos, principalmente no basquete, quando ela entrava na quadra eu e minha amigas cantávamos:
Joana gordinha, tem cara de bolachinha... joana gordinha parece uma coxinha...
Na verdade a Joana era gente fina, tinha sua própria turma, nunca abaixava a cabeça pra ninguem, e isso me dava ódio, pois todos deveriam beijar os meus pés. Então tive uma idéia, meio suja é claro, após o treino coloquei minha pulseira de ouro na bolsa dela e avisei a diretoria do roubo, imediatamente as mochilas foram sendo revistadas uma a uma. Encontraram a pulseira bem no lugar onde eu havia deixado na bolsa da Joana, plano cumprido.

Você não tem coração Alexandra? Mas se tiver deixa que eu arranco!
Epa! Sua desqualificada, se encosta suas garras em mim eu mando te prender por roubo seguido de morte... imagina só as manchetes nos jornais, que tal?
Você é louca...
Pode ate ser, alias você tem uma alternativa! Desiste agora mesmo do torneio de basquete e eu fecho o bico, desfaço a acusação na diretoria e você fica livre, leve e solta. Mas se não eu sigo em diante e você se arrependera por ter nascido.
Sinceramente eu não sei porque você me odeia tanto! Só te digo uma coisa, o mundo da voltas Alexandra e tudo que você esta plantando será colhido em sofrimento muito pior do que esse que você esta me causando.
Macumbeira eu tinha certeza que você era, mas eu não acredito nessas coisa... o que vem de baixo não me atinge.
A Joana fez tudo como combinado, pediu suspenção do time de basquete para não perder a vaga na escola, pois ela já estava com a corda no pescoço, com ela fora do campeonato eu seria a vencedora.

E assim realmente foi o que aconteceu... minha turma ganhou o campeonato, graças a mim é claro. Depois do torneio de basquete a Joana me esperou no estacionamento da escola pra me dar uma surra:

Agora sim sua cadela, você vai ver quem é a Joana gordinha com cara de bolachinha... gostou do premio né que você ganhou... só que ta faltando eu te dar o premio que você realmente merece, uma surra pra deixar de ser mimada!

Se encostar um dedo nos meus lindos cabelos você vai direto daqui pra cadeia sua gurila...
Sabe que vai apanhar ate pedir chega e ainda continua com o nariz empinado, mas pode deixar que com um soco só eu abaixo ele pra você.

Foi exatamente nessa hora que o “anjo” do Calleb chegou e me defendou... claro a Joana poderia ter batido nele também, mas decidiu deixar para depois pois acho que ela não queria testemunhas para depois dar sumiço com o meu corpo.


Realmente hoje percebo o quanto eu era odiada, claro que para uma maioria de retardados eu era uma rainha, se o tempo realmente voltasse eu faria tudo diferente, buscaria a felicidade, e ajudaria mais as pessoas.
No dia da festa comemorativa da escola eu estava linda, mas naquele dia eu estava especialmente maravilhosa. O Fabrício um garoto da minha turma estava de porre, e começou a se passar comigo, eu nunca fui santa, mas também nunca fui puta e se não estou a fim não adianta. Ele me agarrou no meio do salão e me arrastou para fora, me atirou contra a parede no estacionamento e me deu um tapa na cara, eu empurrei ele e saí correndo como uma louca, quando tropecei e ele me alcançou, eu me debati naquele chão gelado do estacionamento, meus braços rasparam no chão cru e o sangue escorria dos ferimentos... eu novamente o chutei, mas dessa vez num lugar bem doloroso, isso me deu tempo de correr e fugir daquele monstro. Tão assustada eu estava quando bati em um peito firme e quente, era o Calleb, ele me perguntou do que eu estava fugindo e eu contei a ele, então não demorou muito e veio o Fabrício se arrastando de dor com a mão no saco... o Calleb me defendeu como um herói.... deu uma surra no Fabrício e me acolheu em seus braços preocupado com a fragilidade que agora eu demonstrava.
Chorando eu me enrosquei em seu corpo, ainda tremula e busquei conforto e segurança:

Que bom que eu te encontrei... você tem o dom de sempre estar onde estou...

Calma... você esta tremendo... não te preocupa agora ninguém vai te fazer mal, eu vou cuidar de você.
Vem vamos sentar ali...

Eu tive medo Calleb, medo dele... medo de...
Nessa hora desandei a chorar, não sei porque mas solucei e ele me abraçou, me aqueceu e me confortou.

Eu nunca te vi assim, tão frágil, tão simples... você é tão forte, capaz... e agora esta em meus braços pedindo auxilio...mas eu gosto disso eu gosto de você assim, sem mascara, sem ter que manter a aparência, eu gosto da Jolie não da personagem Alexanda...

Meus olhos ficaram marejados e meu rosto inclinou-se para ser beijado, foi quando ele me envolveu em seus braços e consumou o beijo que eu tanto esperei, um frio tomou conto de mim, minha mão tremia mais agora e uma vergonha nunca antes vista havia se instalado.

Desde o beijo uma semana já havia se passado, e eu continuava a mesma. Quando Calleb me viu zuando um garoto, ele se decepcionou com certeza, ele nunca mais me procurou, eu fiquei triste confesso mas não ia me rebaixar a ele, afinal de contas eu era Alexandra.


AULA DE PSCOLOGIA: PARTE I

O professor Antunes explicava a aula enquanto eu atirava papel em meus colegas... Ele falou sobre a alma, sobre o corpo, sobre as doenças. Foi quando me senti mal.

Rafa, eu não to bem... minha cabeça ta doendo muito, acho que vou desmaiar, ai me ajuda por favor me tira daqui!

Ta loca ne? Para de se fazer Ale... na aula passada o sor caiu nessa, mas agora ele já manjo a tua..(risos)

Ela mal acabou de falar e eu vi tudo rodar, me senti mal, a cabeça quase explodiu, meu coração acelerou e eu fui ao chão. Acordei e já estava no hospital, ouvi a voz da minha mãe e logo o medico entrou com ela.

Então voce é a Jolie certo?

Não doutor, me chame de Alexandra por favor...

Certo Jolie Alexandra.. como se sente?

Mal, a que horas eu irei pra casa doutor?

Voce não ira querida.... não agora.

Como assim não irei para casa, o que ouve comigo?

Preciso fazer mais uns exames para ter certeza, fique calma... são apenas suspeitas.

Suspeitas de que? Eu apenas tive uma dor de cabeça, pode ser ate fingimento meu.

Eu dormi. E sonhei, que sonho terrível, eu senti que quando eu acordasse o mundo estraria de cabeça pra baixo, na verdade eu durmi na aula de psicologia e ate agora ainda não consegui acordar deste terrível pesadelo.
Já havia passado uma semana e eu estava no hospital e ninguém dos meus amigos haviam me visitado. Derrepente eu estava triste quando alguem bateu na porta e eu convidei a entrar. Era a Soraia uma menina la da escola que eu adorava chatear.

Oi alexandra!

Meu deus garota.. esperava todos menos voce... o que faz aqui quer rir de mim?

Não, não sou o que voce pensa... meu pai é o seu medico e ele me contou sobre voce e como voce sumiu da escola...

Ah sim... ninguém comentou por la de mim?

Sim... a diretora avisou aos seus amigos...

Hum... sei... tem certeza disso? Ninguém veio me ver!

E não virão alexandra... enquanto voce esta aqui mal nessa cama eles estão passeando na praia.

Eu me senti suja e com raiva, eu não havia ninguém pra me ajudar... pra me dar a mão... mas isso de tudo foi o menos triste nessa historia toda. O medico, pai da Soraia entrou no quarto com uns papeis na mão... e disse:

Soraia, por favor filha querida deixe-me conversar com a Jolie...

Alexandra doutor!

Muito bem... Jolie Alexandra... sei que será difícil pra voce.. meu deus... voce tem apenas 15 anos.

Doutor, me assuste, mas diga logo!

Voce minha querida tem um tumor no cérebro... um tumor maligno.

Sabe quando voce escuta uma musica triste... e que passa um filme na sua cabeça? Pois é... a musica que tava dando naquele momento era she’s only happy in the sun...e o filme era minha vida que acabou ali pra mim... mas ele ainda não havia acabado de falar tudo... o pior.


Sinto muito... sua doença é rara, em uma parte do cérebro em que uma cirurgia é de alto risco... iremos levar o tratamento, mas voce tem pouco tempo de vida.

Meu deus...(choro) .... me diz quanto tempo?

Talvez uns três meses... um ano... uma semana .. não se sabe... cada caso é um caso.

Quer dizer que eu posso dormir viva e acordar morta? Quer dizer nem acordar? (soluços de choro)

Sinto muito.

Naquela hora eu podia chorar, gritar, mas eu fiquei ali, parada. Eu permaneci imóvel, com os olhos parados doze horas, sem movimentos sem certeza de nada, era como se eu estivesse sonhando acordada. Eu chorei lagrimas secas, como se eu estivesse vegetando naquela cama, as lagrimas escorriam, como escorre uma cachoeira, e eu nem sentia, nem via só sabia chorar e ouvir a musica.
Enfim amanheceu, eu abri os olhos e me toquei, senti cada parte de mim, como se eu fosse me desmanchar como açúcar na água... sim eu estava ali, inteira, mas ate quando?aquele pesadelo estava a recém começando.
Depois de me dar essa terrível noticia, no outro dia eu recebi a visita do Calleb, ele bateu na porta e entrou:

Oi!

Calleb...

Como voce esta se sentindo? O que ouve com voce Jolie?

Nada de mais eu apenas tive uma queda de pressão na aula, só isso. O medico disse que talvez hoje eu va pra casa.

Tem certeza que é só isso? Voce parece triste... voce esta estranha.

Estranha como?

Eu te chamei pelo seu primeiro nome...Jolie, e voce nem me corrigiu.

Há é? Bom tanto faz, é apenas um nome ne... me chame como quiser, isso é apenas um detalhe.

O medico entrou no quarto naquele momento e confirmou que eu teria alta, então como meus pais não estavam ali presentes comigo o Calleb me levou para casa. Na verdade não sei onde meus pais estavam, eles pouco se importavam comigo, mas eu entendo eles, eu era uma menina muito ma mesmo, mas mesmo assim, eles deveriam estar ali comigo e não em alguma reunião ou festa como era de costume. Me faltava carinho me faltava amor, nunca recebi isso dos meus pais, nunca tive amigos de verdade, todos so queriam meu dinheiro, e meus pais sempre ocupados de mais, acho que minha revolta se transformou, o único jeito possível de chamar atenção e de me perceberem era aprontar, machucar os outros, então era isso o que eu fazia.
Eu fui pra casa, tudo estava tão diferente... mas tudo estava igual, uma sensação de adeus me bateu, como se eu tivesse um ultimo minuto pra dizer adeus a todas as coisas que eu mais gostava, mais ae percebi que eu não gostava de nada, apenas o que me satisfazia era chatear os outros, chingar. Mas será que seria o correto em meu ultimo minuto de vida fazer isso? Bom dizem que deus escreve certo por linhas tortas, não é mesmo? Pois é. Eu achei no porão da minha casa uma bíblia, toda empuerada, e ela caiu no chão, se abriu ... bem na parte onde dizia, amai-vos uns aos outros como a ti mesmo. Descobri enfim que eu não podia amar ninguém porque me faltava amor por mim mesma. Eu peguei aquela bíblia com traças e mofo e me sentei com os pés descalços sobre a grama, sob um céu azulado e um sol luminoso, que dia maravilhoso eu pensei... eu li cada pagina daquela bíblia, cada versículo, cada salmo, me questionei se aquilo que estava escrito ali era verdade... pensei nas pessoas, pensei no Bruno e na vo dele que morreu, pensei na Joana, enfim acabei por chorar.
A noite chegou e eu estava sozinha em casa, apenas com meus empregados, e estava na sala quando a Silvia Maria quebrou um copo, ela olhou pra mim e disse:

Desculpa senhora... ó meu deus me perdoe, não se preocupe já irei limpar, e pode descontar do meu salário, ó céus... o que eu fui fazer, minha filhinha esta doente e eu não tenho condições para trata-la, novamente me desculpe.

Calma Maria, não irei descontar nada do seu salário... isso é apenas um copo!

Mas... sempre fizeram isso com os empregados aqui, voce mesma senhorita, me cobrou por aquele seu vidro de esmalte que sumiu.

Sua filha esta doente mulher, preocupe-se com ela... va para casa cuidar dela, traga-a aqui e peça ao João para levar voce, enquanto isso eu chamarei o doutor.

Verdade? A senhorita esta me oferecendo isso? O deus seja louvado, não sei o que ouve com a senhorita, mas que deus lhe ajude e a ilumine todos os dias, eu vou busca-la.

Quando Maria saiu eu chorei, chorei sem saber o porque, mas chorei. Eu senti uma paz tão grande dentro do meu peito, que alguma algema se desprendeu ali, naquele momento tudo ficou azul, os meus ouvidos abriram e eu pude escutar os sinos da igreja tocar. Era como se ela estivesse me chamando para la, então me vesti e fui para onde o som me mandava. Cheguei na catedral da cidade, parei, olhei pra cima e fiquei meio tonta, uma senhora percebeu e foi me ajudar, eu agradeci e continuei a subir as escadas, foi quando dentro da igreja eu vi uma mulher com vestes compridas e pretas... era uma freira, ela veio ate mim e me perguntou se eu gostaria de me confessar, ora me confessar acho que nunca tinha feito isso antes, mas como eu já estavi ali mesmo me direcionei ate um confessionário e sem saber o que dizer dei oi ao padre.

Oi !

Pode começar querida sou todo ouvidos.

Começar a que?

Hora por que veio aqui, não foi para isso?

Não sei seu padre, apenas vim andando e vim parar aqui, nunca me confessei, acho que voltarei mais tarde.

Fique, é fácil abra o seu coração e deixe transbordar toda a emoção q eu sente, me diga o que voce fez de errado, me conte seus problemas, divida comigo comigo aqui e agora seus medos e suas angustias.

Eu comecei a falar a falar e notei que o padre se calava a cada instante, bom achei que ele estava dormindo já, porque fiquei ali em torno de três horas me confessando, ate que comecei a chorar, contei do meu tumor, falei da bíblia enfim. Ele abriu a boca depois que eu parei de falar e perguntou-me minha idade, eu respondi-lhe 15 anos padre.
Notei que ele se calou novamente, pensou e falou:

Se voce tivesse a oportunidade de nascer de novo, faria as coisas do mesmo jeito? Levaria sua vida como a leva agora? Odiaria o próximo ao invés de ama-lo? Note minha querida como sua vida esta vazia, como voce esta perdida, tanto que foi preciso voce cair para aprender a levantar, sentir dor para aprender a amar. Digo-lhe uma coisa não como padre nem como homem, mas sim como um cordeiro de Deus, voce não sabe quanto tempo de vida lhe resta, então não o disperdice,esta é sua chance de mostrar que sua vida não foi em vão... amai-vos uns aos outros... pedi-ei a ajuda do senhor na hora da angustia e da dor que ele aliviara teu sofrimento.
Eu caminhei todo o resto de tarde e quando cheguei em casa já era noite, ao chegar na porta da minha casa eu tirei os meus sapatos e entrei em casa descalsa, subi as escadas apoiada no corrimão, pois ainda estava fraca, e meus pais ainda não estavam em casa, então uma de minhas empregadas veio me avisar que meus pais estavam nos Estados Unidos a negócios, ora, eles la... e eu aqui precisando chorar e sem ninguém para me acalmar. Sentei na minha cama e liguei meu computador, coloquei em uma musica.... a musica que estava dando no momento em que eu descobri essa doença... she’s only happy in the sun... essa canção me embalava, me dava vontade de chorar, de lutar de viver e acima de tudo de me tornar uma pessoa melhor.
O relógio despertou no mesmo horário de sempre, 6:15 da manha, eu levantei-me, escovei os dentes, tomei um café... como sempre fizera desde pequena, já na mesa Maria me olhou com um ar de surpresa e me perguntou:

A senhorita senti-se bem para ir a escola?

Ora Maria, e porque eu não estaria bem?

Por um momento eu havia me esquecido de tudo, esquecido da doença, da ausência dos meus pais ali na mesa, do padre e de suas palavras, do copo que Maria quebrou e eu não a insultei, havia me esquecido dos dias anteriores desse pesadelo. Mas logo a memória veio e o pão na boca se imbolou e quis voltar ao prato, eu corri ao banheiro e vomitei tudo que tinha comido, olhei minha imagem no espelho, eu estava pálida, com os olhos fundos, pareciam cansados... lavei o rosto, respirei fundo, peguei meus cadernos e tomei meu rumo a escola.

Quando cheguei na escola alguns me olhavam como se já soubessem da doença, mas era bobagem minha, a única que sabia da minha doença era a Soraia, mas ela não iria contar, os poucos dias que fiquei internada na clinica ela se mostrou uma grande amiga, sincera e prestativa.
Era segunda feira e tinha aula de educação física, treino de basquete e eu sempre adorei jogar basquete, então a professora Ana começou a fazer os times e eu fui jogar como sempre, mas quando fiz minha primeira cesta no jogo me senti tonta e pedi pra sentar, nisso a Joana, aquela que eu chamava de Joana gordinha tem cara de bolachinha, disse olhando pra mim:

Poe ela pra jogar professora... garanto que passou a noite toda na farra, conheço bem a laia dessa dae, isso ae não vale o prato de comida que come, ou vai vê ta ate grávida... problema vai se acha o pai...(risos).

Ingano seu Joana, estou tonta mesmo, mas não bebi, e voce não sabe que passei essa ultima semana no hospital?

Pois é ne comentaram aqui... então foi coma alcolico (risos).

A professora interrompeu a Joana e mandou que ela parece de me insultar, ate porque ela notou que eu já estava com os olhos marejados, é porque enquanto Joana falava eu me lembrava das palavras do medico e do abraço que faltou naquele momento, do vazio que o padre falou e do ódio que eu vi nos olhos da Joana. Já no vestuário feminino minhas “amigas” todas “preocupadas” vieram me contar do ótimo fim de semana na praia. Poxa eu tava tri mal no hospital e elas so me falavam que tinham perdido o cabaço, dane-se!!

Alexandra, voce perdeu a melhor have da historia da prainha de Bruía... meu fala serio cada gatinho... ate que enfim perdemos o cabaço e com o mesmo cara ainda, não é o maximo ale?

Que? Perderam o que?

O cabaço... te liga ale parece que ta em outro planeta, a virgindade fia.

Eu sei o que significa cabaço... mas vocês perderam é a cabeça, não foi o cabaço, a cabeça e a noção também ne?

Como assim... nossa que azedume, sai pra la leito talhado!!

Mina voce sabe onde eu tava?

Perdendo a festa?

Não!! A quer saber, esquece, ou melhor me esqueçam.

Entrei pra dentro do chuveiro pra tomar uma ducha e relaxar um pouco, nossa que raiva que me deu, ora falarem em virgindade, dane-se o cabaço delas. Quando eu saí do banho as minhas ex amigas estavam cantando pra Joana... Joana gordinha nem com banho fica limpinha, aquilo me anojo tanto, que eu pensei que ia vomita o resto do café da manha:

Parem de enche a garota!!

Que?

Isso mesmo, deixem ela em paz, vão falar dos seus cabaços la no pátio.

Ta loca ne? So pode ta, primeiro vem com um papo brabo, agora que impedi nos de chamar essa balofa de gordinha? Te liga leite azedo.

Eu vo te mostra onde que ta o leite azedo!!

Uia... nossa, é a revolução dos farrapos. Então ta, fica ae limãozinho com suas novas amiguinhas, quero ver quanto tempo voce agüenta, com essas bruxas. A gente excluiu voce do nosso grupo.

Não, quem excluiu vocês do meu grupo fui eu... não posso ser amiga de pessoas que me falam em cabaço enquanto eu tava tri mal no hospital, sem ninguém la.

Ata.. nos não somos seu papais querida. Gosto mesmo de fala no nosso cabaço ne?

É isso afeto minha mente!!

Elas me deram as costas em altas gargalhadas e foram embora dali, a Joana me olhou com nojo e foi falar comigo:

Não preciso de proteção, e se voce acha que só porque ta sem suas amiguinhas vai se junta com a gente, vai fica querendo, voce não me engana, deve ser mais um plano diabólico seu...

Eu olhei bem nos olhos da Joana e não disse uma palavra, terminei de me vestir calmamente, pentiei os meus cabelos e saí dali.
Era recreio já, e eu estava sozinha e sem ninguém, minhas ex amigas estavam la, eu as observava de longe e ia tirando minhas conclusões, por onde elas passavam elas chingavam alguem, eu balancei a cabeça diversas vezes me questionando e lembrando que minha presença ainda estava la com elas. Sozinha, sentei em baixo de um pé de limeiras, sobre a grama no verão, ali estava aconchegante, me senti em paz, fechei os meus olhos e me esqueci do que me atormentava, quando meus pensamentos foram bloquiados por uma voz masculina:

Milagre estar sozinha. Por que não fica com suas amigas?

Ta me zuando ne?

Não, por que estaria? Elas são suas amigas, ou será que não são mais?

Nunca foram Calleb, e hoje eu descobri isso...

Meio tarde não acha?

Antes só do que mal acompanhada.

Verdade. Mas voce esta bem?

To sim...

Hum... que bom, olha eu to la com o pessoal, se quiser pode ficar la com a gente.

Valeu... to bem aqui, e alem do mais eles me odeiam.

Então eu fico aqui com voce...

Nisso um dos amigos do Calleb o chamou:

Hei, Calleb vem cá, a Larissa que falar com voce.

eu interrompi e disse:

Larissa? Quem é Larissa?

Ah... é uma loca la... que ta afim de mim...

Hum... e vc ta afim dela?

Pode ser... sei la. Mas eu vo fica aqui com voce.

Não... vai la, eu to bem, não quero atrapalhar.

Voce não atrapalha... mas já que ta me correndo eu vo, te mais depois a gente se fala.

Eu observei os passos calmos e leves dele em direção a tal de Larissa, me deu um aperto tão forte que me deu vontade de chamar ele de volta pra ficar ali comigo, mas depois eu pensei, agora é tarde... deixa ele ser feliz com alguem que tem mais do que alguns meses de vida.
Eu fiquei ali sentada embaixo daquela arvore sei la quanto tempo, ate que eu olhei pro lado e vi o Calleb ficando com a Larissa, me deu um enjôo, uma tontura, a cabeça doeu forte e eu senti tudo rodar, comecei a chorar e a tremer, foi nessa hora que a Joana passou por ali:

Nossa... isso é fingimento?

Não... eu não to bem...

To vendo, que ajuda, eu vo chama o Calleb.

Não! Não , não chama ninguém por favor, já vai passar.

Ta então eu vo fica aqui com voce...

Também não precisa, eu vo fica bem , não quero te atrapalhar.

Que nada mina, já disse quero ficar, alem do mais te devo uma por hoje, sei la porque voce fez aquilo, ainda acho que isso é golpe, mas foi legal o que voce fez.

Joana...

Eu disse o nome dela e não consegui terminar a frase, comecei a chorar ali mesmo na frente da arvore, minha boca estava rachada, eu a toquei e notei que sangrava, minhas gingivas também estavam sangrando, o suor do meu rosto escorria pela boca fazendo arder os lábios abertos, as maos tremulas e as pernas bambas, eu chorava e não conseguia me acalmar, so sei que não vi mais nada, acordei e já estava no hospital.

Ola jolie alexandra... o que houve com minha paciente preferida?

O senhor sabe doutor...

Sim, mas porque voce não ficou em casa repousando? Esses dias foram muito cansativos pra voce, deveria estar repousando a esta hora.

Eu sei doutor, mas eu ate me esqueci de tudo isso, minha noite foi tão maravilhosa que eu apaguei as coisas ruins... jamais imaginei que iria passar tão mal assim...

Entendo... e seus pais?

Não sei... desde minha internação semana passada que eles não me dam noticias.

Eles já sabem não é?

Não...

Precisam saber pra ajudar voce, te dar apoio, uma das coisas que mais ajuda nessas horas é o apoio dos amigos e familiares.

Não posso contar com nenhum deles... eles estão ausentes no momento.


Claro que nos filmes a gente vê que é muito difícil pra alguem que tem uma doença dessas, mas nunca imaginei que fosse tão brabo assim, o câncer alem de deixar a pessoa em um estado debilitado, mexe com o psicológico afetado em um estado de pura depressão e malancolia. Eu ainda não havia feito as seções de quimio e radioterapia, mas com esse meu ataque o medico achou melhor não esperar pela resposta dos remédios. Isso aconteceu na segunda e eu comecei as sessões no outro dia.

- Terça feira 15/05/02 primeiro dia de quimioterapia

O relógio despertou no mesmo horário 06:15 da manha, mas eu não fui na aula, estava em repouso e queria me preparar para meu dia que não sabia como que seria, então fiquei deitada ali por um longo tempo olhando pra fora da minha janela, sentindo a brisa em meu rosto, escutando o barulho dos pássaros, e mentalizando coisas boas. Levantei e coloquei meus chinelos e fui ao banheiro, quando olhei-me no espelho sem querer saiu.. Meu Deus... eu estava horrível, versão exorcista, meu rosto pálido que chagava a aparecer as veias do rostos, os olhos negros fundos, olheiras, a boca roxa e rachada, as gingivas estavam pretas e machucadas, percebi ali que minha doença já estava muito avançada e pouco tempo de vida me restava.
Quando cheguei ao hospital uma enfermeira me acompanhou ate o quarto onde eu faria a quimioterapia, andando naquele corredor ate o quarto começou a tocar a musica da banda mais emo que eu conheço, fresno, alguem que te faz sorrir... enfim cheguei na sala de quimioterapia, colocaram-me em uma cadeira bem confortável e em seguida vieram aqueles caninhos pra passar o remédio ate meu sangue, quando vi estava cheia de fios em meus braços e um aparelho do meu lado que fazia um barulho estranho e me dava dor de cabeça, derrepente eu olhei para o lado e vi uma menininha sem cabelo, então perguntei para a enfermeira que estava ao meu lado:

Eu também ficarei assim?

Assim como querida, sem cabelo?

Sim...
É um dos contras da quimioterapia, o remédio aplicado é muito forte e enfraquece o couro capilar. Mas cabelo cresce...

Imaginei-me sem cabelo e me deu um aperto tão grande no peito que me deu vontade de arrancar o remédio que ia ao meu sangue, ora eu estava morrendo mesmo, então que morresse logo de uma vez, seria muito melhor morrer ali agora do que ter que esperar dias após dia meu cabelo cair, tomar banho e não ter um cabelo longo e sedoso para pentear, pois para muitos pode ser bobagem mas nos mulheres sabemos o quanto um cabelo bonito nos deixa com a alta estima boa. A menininha que estava do meu lado sorriu para mim e me abraçou com os olhos brilhantes de um anjo, foi então que notando meu sofrimento e minha relutância diante aquela situação ela me disse:

Calma... o cabelo cresce depois, eu ate gosto nem precisa pentear, antes minha mãe chegava arrancar meus cabelos.

Voce faz quimioterapia a quanto tempo menininha?

A um ano já... meu nome é heloa.

Lindo nome... o meu é jolie alexandra e pelo jeito nos veremos sempre ne?

Não sei jolie... minha doença é temporária, minha mãe diz que o Senhor já me curou, e eu acredito no que ela diz.

Ah... claro que sim, tenho certeza que sim.

Me surpreendeu tanto que Heloa de 7 anos pensasse daquela forma, e eu uma adolescente que conhecia mais do que ela da vida estivesse relutando e por muitas vezes me deixando levar por pensamentos imaturos e diabólicos. Passei ali naquela cadeira recebendo aqueles remédios por umas 3 horas aproximadamente, quando a sessão acabou me senti muito mal, uma ânsia de vomito, uma tontura, uma dor no estomago, foi quando as enfermeiras me explicaram os efeitos que a quimioterapia ia causar em meu corpo, eu poderia engordar dependendo da dose de remédios, o chamado inchasso, teria tontura, enjôos, diarréia...
Fui pra casa, e la acho que vomitei todos os remédios, como dizia minha vozinha que deus a tenha no reino do céu, botei os bofes pra fora, nada desceu naquele dia, ate a sopa embrulhou no estomago, o suco então tinha gosto de azedo e ate o cheiro me dava ânsia, so de respirar eu ficava tonta, fiquei tão mal que sinceramente achei que estava morrendo, pensei ser o fim ali, mas ai lembrei-me das explicações das enfermeiras sobre os efeitos do remédio, então me acalmei e tudo foi passando aos poucos.
Eu já não sabia se queria lutar pra viver, ou se eu me entregava de uma vez por todas para morrer, porque as vezes eu pensava, vou morrer mesmo, então pra que lutar? Pra ter mais alguns minutos de vida?... é exatamente isso, mendigando por mais uns minutos neste mundo.
Meus pais ainda continuavam ausentes e eu já nem me importava se eles estavam ali ou não, só sei que eu tomei uma decisão, a vida não podia parar, não ali, confesso já ter feito muitas besteiras, muitas mesmos, mas e dae? Perdoar é divino... e se arrepender mais ainda. A doença me trouxe respostas que eu jamais encontrei, ate porque nunca perguntei também, mas após fazer aquelas sessões de quimioterapia, alguma coisa mudo aqui dentro sabe, ta eu vomitava todos os dias, mas confiava na melhora a cada dia. Mas a melhora parecia estar só no meu psicológico, eu via os médicos me olhando saquela forma e via seus olhares tristonhos como se não tivesse mais volta, eu sabia que estava morrendo e que nada adiantaria, afinal sempre me falaram a verdade, eu iria morrer mesmo, só estava lutando pra continuar viva mais um pouquinho.

O relógio como sempre despertou as 6:15 da manhã, eu levantei-me, tomei meu café da manha e fui para escola, após aquela sessão de quimioterapia eu estava mais confiante em uma melhora. Joana me viu e veio falar comigo:

Então...? como voce esta?

To bem obrigada por se preocupar.

Eu não me preocupo com voce, apenas queria saber, voce não merece que ninguém se preocupe.

Ta desculpa, mesmo assim valeu.

Tudo bem mesmo? Voce ta muito estranha minina, alguem te deu uma surra antes de mim? (risos).

Foi sim... a vida.

Dei as costas pra ela e saí dali, mas não notei que um papel havia caído da minha mochila, meu exame de leucemia que eu havia feito estava ali e caiu no chão, a joana então pegou ele...

O que é isso Alexandra?
Nada... me devolve por favor!

Eu quero ver o que é!!

Não Joana, por tudo que é mais sagrado me devolve isso!

Os olhos de joana fixos no papel ficaram imóveis por uns minutos eu tinha certeza que ela já estava lendo o resultado positivo do meu exame, porque ela me olhou com os olhos marejados e exclamou:

Que brincaderinha de mal gosto é essa?

Essa foi a surra que a vida me deu...

Eu sentei no primeiro banco que eu encherguei e comecei a chorar sem parar:

Meu deus que orror isso, eu sinto muito Alexandra! Mas alguem sabe sobre isso?

Não... só eu, o medico, a soraia e voce agora...

E seus pais?

Não sei onde eles estão, e nem me preocupo em ligar pra eles, me sinto bem melhor sozinha, eles provavelmente não me dariam o apoio do qual eu preciso neste momento.

Joana sentou no banco comigo e chorou, ela me disse que sabia exatamente o que eu estava sentindo, ficamos ali conversando por horas, ela me disse que seu pai havia morrido de câncer e que isso foi muito difícil pra ela aceitar. Eu tinha encontrado em joana um apoio no qual eu jamais pensaria que viria dela, a partir desse dia ficamos amigas e ela me acompanhava frequentemente ao medico, ela posava na minha casa, mas tudo era escondido, joana não queria que ninguém nos visse juntas e pra ser sincera nem eu, porque todos desconfiariam do que estava acontecendo realmente. Ela poderia ter contado para o colégio inteiro, mas ela não fez isso, ficou do meu lado o tempo todo e se comovia com a minha melhora, aos poucos com a joana do meu lado eu fui percebendo que as pessoas deveriam saber, que eu não pudia enfrentar aquilo tudo sozinha.
Eu aprendi com a doença a reconhecer os verdadeiros amigos, ou conhecer o que realmente significa a palavra amizade, amigo de verdade não é aquele que pensa so nele, mas sim também no seu bem estar, eu começava a entender então porque eu tinha tanta raiva da joana, na verdade não era raiva, era inveja, porque ela sim desfrutava de amizades verdadeiras nas quais eu nunca saberia o que isso seria ate ficar doente.


O calleb estava desconfiado dos meus desmaios, dos meus enjôos, das minhas dores de cabeça e da minha melancolia, então após a aula ele me seguiu, naquele dia eu tinha sessão de quimioterapia, então quando eu estava sentada na sala recebendo os remédios, o Calleb entrou pela porta, ele ficou imóvel e não sabia o que dizer, ele me olhou e baixou a cabeça, me olhou novamente e chorou, chorou tanto que eu não agüentei eu chorei também, chorei porque ele disse que não queria me perder e eu sabia que isso seria inevitável.

Enquanto tudo ainda eram Trevas...

Palavras não concertam nada;
Mas não fazer nada, não resolve.
Eu já sofri demais,
Mas longe de você sofrerei bem mais.

Preciso te dizer o que acontece com meu sentimento
Quando entro no MSN minha vontade,
É de me declarar correndo,
E pouco a pouco a solidão e o silencio me abraçam...
Minha alegria passou só as lembranças de amor não passam.

Se soubesse o quanto eu te amo, e o que eu seria capaz de fazer pelo teu amor, jamais me faria sofrer, jamais me faria chorar.
Eu sofro sim, mas o motivo do meu sofrimento é que não estou com voce, eu amo mesmo e ta ruim pra disfarçar, voce é único no qual eu conto os meus segredos , aquele que quando eu falo não sinto tanta vergonha como sentiria com os outros, eu crei em voce uma espécie de porto seguro, eu te amo tanto e pelo teu amor eu iria ate o inferno, beijaria o diabo e mataria todos os demônios.
Talvez voce perceba um dia a grande mulher que perdeu e um alguem descubra a grande mulher que encontrou, mas ae já será tarde demais...
Hoje a lua no céu não saiu, nem meu olhar se abriu...
Voce não esta aqui e não sei se ira voltar,
Mesmo assim irei te amar,
E nada nesse mundo ira me fazer esquecer voce...
Nem o infinito das estrelas podem se comparar ao meu amor,
Por voce eu daria a volta ao mundo em 5 dias...
Por voce eu beijaria um sapo...
Por voce eu fugiria...
Se hoje eu morresse eu ressussitaria so pra lhe dizer mais uma vez que te amo, e eu já não espero um tbm.. eu não espero mais nada de voce, só espero que eu não me transforme eu uma monstra... e espero sinceramente que voce não se arrependa de ter ido embora, se tudo era pra acabar assim , não sei porque começou, o problema é que voce ficou trancado no meu coração e de la ninguém vai te tirar e jamais tomar o teu lugar.. voce pode ate se esquecer de mim, mas eu nunca vou me esquecer de voce... só pra não chorar, acabo o texto por aqui.

Não irei dizer...

Não irei dizer que sou insubistituivel pq sei que posso me iludir... mas vivo com a certeza que por onde eu passei deixei saudades... seja por uma palavra, um gesto, um sorriso ou uma atitude, ou as coisas são ou então não são, simples... não espere de mim explikaçoes lógicas... se quiser esperar, espere... não serei eu mesma que irei cansar, mas se for me esperar arrume um bom lugar pra sentar pois pode demorar, se eu conquisto é pq eu quis acima de tudo e de todos, se desisti é pq realmente não tava afim... saiba que antes de me julgar trate de me conhecer, e se não gostar do meu jeito, sinto muito mas tem quem goste, a inveja não entra aqui e tbm não sai daki... procuro morrer engasgada com um espinho seu do que te machucar com os meus...
Hoje eu sei dar valor as pessoas, hoje eu sei amar, eu sei ser feliz... e o segredo da felicidade é encontrar a felicidade não só em vc mesma, viva sempre pelos outros, bobagem dizer ki vive so pra vc e por vc é a melhor coisa, eu seria egoísta demais se pensasse dessa forma, eu nasci pro mundo, pois eu faço parte dele. Sei que sou apenas uma gota d’agua em uma tempestade, mas sem esta gosta a chuva não seria a mesma...
Eu sinto falta dakeles velhos e bom tempos, mas quem vive de passado é museu, e se o passado me deixa triste e melancólica melhor esquecer do que sofrer por algo que passou e não volta mais... sim eu choro as vezes, choro e não sei pq, me sinto só, embora eu tenha uma legião de pessoas a minha volta, mas me sinto só. “ jamais chore por qm te ama, pq se te amasse não te faria chorar”... é talvz... mas a frase do meu amor é mais logika... “ Nunka xore por qm não xoraria por vc” sahushaushua axo ki é isso ki ele diz ^^... por isso ki as vzs eu xoro por ele pq alem de amar eu sei que ele tbm choraria por mim...
Nessa minha caminhada de procuras e respostas eu percebi que de nada adianta procurar... um dia voce encontra aquilo que foi destinado a voce, o que é meu sempre esteve guardado e se eu não encontrei antes é pq eu não abri o suficinete meu coração...
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