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Jogue fora as flores, memorize o aroma delas.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Meu lado mais obscuro tenta sair e fica debatendo-se , fazendo-me perceber que ele ainda está lá, esperando um deslize meu, uma pequena brecha, para que ele possa atravessar alguma fresta. Mas eu o guardo dentro de mim, seguro as palavras duras, respiro fundo e me controlo, segundos depois percebo tamanha frieza que eram estas e as sinto desnecessárias.



Mas quando sinto que vou explodir, descarrego minha raiva em qualquer coisa que esteja em meu caminho, depois culpo-me por ter estrassalhado a bela flor e as palavras de desculpas já não serão escutadas, o perdão não será aceito, porque talvez eu tenha ido longe de mais.


Mas o que me faz assim? Tão fria, capaz de agir e calcular os obstáculos, capaz de manipular, traçar planos e metas, capaz de fazer mal, sentir prazer na discórdia, sentir o poder da situação, estar no meio de véis que encobrem minha face... E logo depois disso, a culpa vem sem tamanho e sem precedentes, talvez ela não se apresentasse se todos não fossem testemunhas de minha má fé, se continuassem me adorando mesmo sem conhecer este meu lado que assusta e me dá poder.


Mas porque não agir da mesma maneira sempre? É porque sinto a necessidade de manipular, me culpar, ter, possuir, não querer mais, machucar, concluir, acabar.


Os olhos as vezes ficam tão vazios, que nada poderia preenche-los, o sorriso se extingue completamente, e o brilho dos olhos poderia deixar alguém cego.


Isso é tudo uma questão de intimidade, conheça os defeitos de alguém, e conhecerá esta pessoa á fundo, definindo-a como sua íntima.
 
 
Que Deus me perdoe por isso.

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