Ele diz que sente muito por ter dito não. Hoje ele se arrepende, e o que ele mais quer é ver o meu rosto quando anoitece, e ouvir minha voz, mas eu não estou lá, porque nós nos perdemos.
Ele me procura mas eu não estou lá, eu penso nele, mas ele não sabe. Em algum lugar, atingiram-no com uma flecha, bem direto no seu coração, e eu fiquei sorrindo porque ele olhou pra mim.
No alge da noite, ele abriu seu coração, disse que flores eram vermelhas e que violetas eram azuis, e perdeu-se no meio da frase quando encontrou meu olhos fixados nos seus.
Depois ele disse que se arrependia, e não queria soltar minhas mãos, eu poderia derrubá-lo a hora que eu quisesse, mas escolhi dizer que vou mantê-lo em pé, e quando necessário deixarei que ele se apoie em mim, e um será o alicerce do outro. Mas logo até o som que vinha do silêncio se extinguiu, e eu estava pensando nele, imaginando-o caminhando com pressa como se soubesse aonde gostaría de estar, imaginei que estaria vindo pra cá, mas o que mais me prendia eram os seus olhos que me torturavam com aquele brilho intenso, hipnotizada eu nada podería fazer, então ele segurou minhas mãos, me acordou, me levou ao céu. Mas ele não disse nada, "apenas" me abraçou.

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