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Jogue fora as flores, memorize o aroma delas.

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Essa é mais uma noite na qual eu ponho uma canção e começo a escrever. E eu não poderia contar quantas foram as noites que já pus sentimentos em versos, e derramei ou guardei lágrimas desta forma.
Essa é mais uma noite na qual tento expor meus sentimentos, com medo de ser mal interpretada, porque as vezes eu olho ao meu redor, e é como se a pintura a minha volta me ilumina-se, porém a vezes, que o céu está nublado, e a sujeira dos pensamentos do meu próximo machuca-me.
As vezes dói, porque eu presto atenção nos pequenos detalhes. E talvez por sentir quando as coisas não estão bem, quando as coisas não estão certas, talvez doa um pouquinho e essa minha mania de querer abraçar o mundo, como se fosse algo simples, e proteger qualquer forma que se apresente em desvantagem, talvez me deixe vulnerável. 
Mas eu acredito que existam pessoas que enxergam com a alma, e sei que há muitas delas por aí como eu, que na maioria das vezes já sentiram-se presas em algum tipo de prisão dentro delas mesmas, já sentiram-se bobas e sozinhas. E sei que quando acreditou ser especial, alguém lhe disse que não era.
Aí no dia em que lhe dizem que você não é especial, você começa a pensar nos motivos que te levam a crer o porque você achou isso, você tem carne e osso como o resto, e ponto. Aí neste dia, você rotula-se diferente e estranho, mas como hoje em dia ser diferente virou clichê, você agora é igual e comum.
A alegria de relembrar o vento que vinha do campo, e o jeito que o pasto tocava meus pés, a intensidade do sol, quase me deixa com os olhos marejados. Porque eu gostaria que o tempo retrocedesse agora, eu queria voltar a ser criança, e pedir aos meus primos e amigos, que continuassem sendo o que eles eram, e que continuassem com o sorriso em seus lábios. Mas minha prima casou-se e teve dois filhos, e eu nunca mais ouvi a gargalhada dela, e eu nunca mais a abracei como se ela ainda pudesse proteger-me...
Não vi mais o brilho nos olhos do meu tio, a sua voz silenciou-se, e a nossa casinha, se foi, assim, como se nunca houvesse trazido aqueles bons momentos. Como se o sonho de alguém, fosse só um sonho e nada mais do que isso.
As vezes quando as pessoas dizem umas para as outras, eu gosto de você, o tiro sai pela culatra, e nunca mais vimos quem escutou isto. As vezes quando oferecemos ajuda, somos mal interpretados, quando falamos bem de alguém é porque queremos algo, e quando procuramos alguém do passado, é porque o presente não foi bom. Eu gostaria realmente de saber, porque as pensam assim algumas pessoas, porque eu preciso de um motivo para sorrir? Porque eu não poderia chorar se apenas sentisse meu coração apertado?  Se eu ver uma lágrima rolar, porque não posso secar? Porque a minha educação vai depender da sua?
Tem dias que o mundo me cansa, porque enquanto morrem pessoas, outras estão discutindo pelo fato de não terem um sapato novo. E enfurece-me o fato de que, boa parte das pessoas que são ou foram importantes em minha vida, não saberem disto, porque algumas nem se importariam. Como diria em trecho de um poema " não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam ".
Mas será que sou apenas eu que agradeço a Deus por todas as coisas que ele me dá, e que vê o futuro nas estrelas noite, que um dia de sol me faz sorrir, que o riso de uma criança me ilumina, que estender a minha mão faz eu crer que há coisas que não tem preço, que escolho acreditar do que perder os cabelos desconfiando? Será que sou apenas eu, que perco o chão por ver as pessoas invejando e odiando umas as outras?
Deus é amor, e somos a sua semelhança, mas há pessoas que esconderam este amor. Deus me disse que o amor não é uma palavra que se define, é um universo de interligações. O amor que Deus refere-se, está em abraçar o outro com a mesma intensidade que abraçaríamos a nós mesmos, e quando Deus faz nascer o dia, há amor no pôr do sol, porque Deus está presente nele, e em todas as coisas que existem, da pequena formiga, ao orvalho da manhã seguinte.
Mas há pessoas que vão olhar umas para as outras como coisas, e eu sei que coisas se usam,  pessoas não.

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