Ilha

Quis ser feliz superficialmente, e foi...
Não quis o amor de verdade, não quis o olhar mais sincero, e o sorriso mais singelo!
Quis ser feliz pela metade, e foi...
Foi sem conhecer direito a alma que abraçava, e sem ouvir o coração a qual sustentava!
Quis nadar no mar, ficou preso sozinho numa ilha...
E foi atrás de alguém gritando, pedindo socorro, da garganta saiam inflamações tamanho seu desespero. Mas não havia nada nem ninguém, em um raio de 500 quilomêtros a frente.
Eu me encontrava sentada em uma calçadinha feita de cimento, olhando nossos nomes e sentindo o vento...Passou um moço e me ofereceu uma rosa, tão linda, tão poente, que me fez lembrar da lua, tão crescente.
Recordei dos apelos que fiz a ela, para que te trouxesses para perto de mim, lembrei também que pedi ao sol que pensasses em mim... Em vão, logo se você já houvera partido tão cedo, logo após de ter chego. 
Pus a rosa em um copinho, passaram-se os dias e suas pétalas de tão murchas  caíram ao chão, fiquei triste, pois tamanha beleza me alegrava, aí no dia seguinte o moço veio com mais uma linda flor, sorrindo disse: ' este é o momento mais precioso do dia, o momento em que você sorri! '... Mas a rosa não dura para sempre, suas pétalas caem ao chão, disse eu, com olhar entristecido.
Respondeu ele com uma voz doce,' nem sempre sorris assim, são segundos de alegria que te trago todos os dias, e por segundos faço com que tu esqueças tuas aflições, são segundos... Mas quem se não eu, morreria todos os dias para apenas por segundos, apreciar teu sorriso?'
Mal entendi o que havia dito a mim, mas eu sorri enfim.
E na manhã seguinte eu recordei do outro rapaz a quem meu coração ainda sentia apreço, mas onde estava ele?
O via sem demora em alguma esquina, na  sua 'ilha' de incertezas, acreditava ele ser o dono do mundo, e o dono de tudo, mas me restava compaixão por aquela pobre alma, que de tão pobre, acreditava que de mil bocas que beijasse, uma alimentaria a sua sede de vazio.
Então dias depois, sem receber nenhuma flor, e sem ver pétalas caírem no chão, recebi a notícia, de que o moço das rosas poentes, estava doente, e saía de seu leito de 'morte' para encontrar-me com alegria, sem demora ele se foi... Se foi porque era chego sua hora enfim, e das rosas que me deixara, a melhor lição dele eu levara.
Nunca esqueça, de quem por ventura lhe fez sorrir por um segundo. A quem lhe faça sofrer por uma vida toda, e por estes talvez morrerias.
Mas lembre-se: Mais vale um segundo de alegria, do que uma noite numa ilha.