For you
Jogue fora as flores, memorize o aroma delas.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Eu estava lá quando ele se foi, eu estava do seu lado, e segurava suas mãos. Minutos antes o médico me dissera que ele tinha apenas alguns minutos, mais eu implorei a ele que fizesse de tudo para não deixá-lo partir, chorei tanto, que comovido o senhor quis saber se nós nos amavámos tanto assim.
Doeu ter que dizer que ele nem me conhecia direito, mas que sempre que eu o via, eu suspirava, e todos os dias na esperança que o encontrasse, me vestia com a mais colorida alegria e com o sorriso mais lindo que eu tinha. E foram dias assim, contei.
Quando estive ao lado de sua cama por aqueles minutos seguintes, disse-lhe quem eu era, e o que eu sentia, as lágrimas misturavam-se a emoção de estar segurando suas mãos, que aos poucos iam ficando geladas, e seus batimentos caíam lentamente, o que me faziam apressar a conversa.
Eu gostaría de ter-lhe dito estes versos enquanto teus ouvidos ainda pudessem escutar, mais agora com teus olhos fechados e tua voz em silencio profundo, talvez eu consigo me expressar melhor,pensei.
Sinto sua falta, daqueles simples dias que eu o via caminhar, e que teus olhos levemente se esticavam para me olhar.
Sinto a falta dos dias em que eu sonhava com o teu rosto, e que ainda tinha esperanças de te encontrar, como poderei viver agora sem nenhuma sombra de esperança que me cubra, nem que seja um pedaço minúsculo de minha alma?
Desculpe, mas eu precisava lhe dar este beijo antes que deixes teu corpo, quero que o leve para o céu, pois sei que ao chegar lá você ganhará asas, e talvez nem lembre-se de quem eu fui, talvez nem lembre que te amei, por isso quero que leves o gosto do meu beijo em teus lábios, para que na próxima vida, procures por mim, e não se sinta completo até beijar a última boca que teus lábios tocaram.
Eu sinto tanto agora, tanta dor quando olho para as nuvens e sei que você pode estar em alguma delas sentado me observando, então eu fecho os meus olhos, e colocando a mão no coração, deixo rolar aquele filme em que você vem em minha direção com uma garrafa de coca-cola em suas mãos, ou quando teus olhos profundamente atravessaram os meus, são coisas que levo comigo, e que nem a ausência de teu corpo, farão eu esquecer.
As vezes sinto o vento acariciar meu rosto, e nele tem o teu perfume, tua boca foi a última que toquei, e me sentiria suja e não me perdoaria se beijasse outros lábios, porque sempre quanto o vazio me abraço, fico tocando em minha boca para mais uma vez sentir o teus lábios.
Lembro da textura da tua boca, da temperatura, lembro que tinha sol, lembro de ter ouvido o cantar das aves, e um riso de criança bem no fundo, que Deus me perdoe, mas lembro que sorri, e logo depois chorei, porque em seguida lhe perdi.
Você sempre será o que foi, e espero que seja lá qual for o motivo de ter me deixado aqui, espero que esteja vendo o meu coração agora, que esteja lendo os meus pensamentos e escutando a minha alma.
Se soubesse que você partiria no dia em que finalmente o cupido te acertou, eu desejaria que esta mesma flecha tivesse acertado-me para que eu morresse, pois tenho o seu coração em minhas mãos, mas o que faço com ele agora? Talvez eu devesse preencher o vazio que está em meu peito, mas decidi guardá-lo para que ele viva para sempre, pois minhas veias, meu sangue, tudo está danificado, você se foi, e você era a minha vida.
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