O papel que enxuga tuas lágrimas está molhado demais, e o rolo já está no fim.
Sou eu a culpada das lágrimas em teu violão?
Fui eu que te fiz enlouquecer todas aquelas noites?
Eu não sei... Mas você não para de chorar, e eu vejo sangue em tuas mãos, me pergunto aonde andará o teu sorriso, e se pudesse gostaría de devolvê-lo a ti, assim como talvez, eu o tenha tirado, sem querer.
Não tenho grande certeza, mas escuto meu nome as vezes, sinto que é você me chamando... Porém eu sei, que todas as noites antes de dormir você reza e pede para Deus que eu vá embora, e você sabe que assim não irá me esquecer, mas talvez você não queira isso.
Os seus olhos ainda podem ver a luz, mas você costumava dizer que ela vinha de mim, e eu estou distante do teu olhar agora.
Você costumava me chamar de anjo, e todas aquelas noites frias desfruta minha companhia, se eu chorasse, você estaria lá, se você chorasse, eu estaria lá, mas agora, existem lágrimas caindo, e apenas um rolo que já não contém mais papeis.
Eu sinto muito, e sinto sobretudo por essa longa espera, estes momentos que vão ficar guardados em algum lugar, e ás vezes ressurgirão para afogar-nos no oceano profundo.
Não chore, seus olhos não merece lágrimas tristes...
Se sentir medo ou tristeza, lembre-se que faço parte de ti, sou um pedaço de luz que ficou em teu coração, assim como um raio de sol, um raio de luz.
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