Aonde nós teríamos ido, se você realmente tivesse me dado todo o teu amor, será que hoje caminharíamos em direções opostas?
Por todas as vezes que você se foi, eu te esperei voltar de braços abertos, te esperei tanto, que eu não poderia dizer-te com certeza quantas foram as noites que não durmi pensando em ti, e quantas horas e dias disperdicei imaginando-te passar pela porta. Mas era inútil, você estava distante, e cada dia silênciosamente se afastava mais, e eu como uma criança dizia que te amava, fazia planos, e jurei a Deus que dividiria todo e qualquer momento de alegria contigo, sendo que de ti me dispus a receber todas tuas lágrimas, para que não sofresses, pois eu sofreria em teu lugar.
Dei tudo de mim, dei o meu melhor, e você me ofertava o suficiente para mantermos uma relação estável, que começou a inclinar-se para o abismo quando tuas inúmeras dúvidas começaram, não pude te prender, se pudesse talvez não o fizesse, penso que as coisas devem estar livres para voltarem quando quiserem, só que você não deve mais voltar, tranquei a porta no dia em que você a cruzou, e naquele instante pude ver que todas as nuvens foram embora do meu quarto, e do espelho vi meu reflexo sendo iluminado pelo sol, eu sabia que ficaria bem, pois Deus estaria comigo.
A partir de hoje, quando for lembrar de mim, não sorria, mas quando dos teus olhos rolar alguma lágrima, lembre-se das inúmeras que derramei por ti.
Esqueça dos nossos momentos, eu podería dizer que tudo foi um sonho, se não tivesse dóido tanto, os teus fantasmas que ontem chamavam meu nome, foram embora quando a luz entrou dentro de mim, agradeço-te pela minha libertação, o momento em que as algemas saíram de meu corpo, e pude me ver novamente inteira, sem nada que me prendesse ao chão, ou tentasse me levar ao inferno, meu corpo flutua agora em diração ao céu.
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