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Jogue fora as flores, memorize o aroma delas.

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terça-feira, 16 de março de 2010

Boba


Não nos entendemos mais, você continua repetindo aos seus amigos que eu sou apenas mais uma menina boba e carente. Mas quando estamos juntos quem flutua é você.



Talvez eu seja boba, pois preocupo-me com você, conheço a tua alma, e mesmo sem permissão, li teu coração. Nele encontrei chaves e portas, vi lindas luzes, tantas cores, cores que não vi no arco-íris dos teus olhos.


E quase sempre você sai por aí, eu sinto frio e o teu abraço não me aquece, aqueceria... Mas você não está aqui, e minhas mãos geladas não conseguem me transmitir calor, talvez, eu sinta sua falta.


Uma falta que não dói, que não faz rolar o pranto, mas entristece o olhar, uma falta que não queima, mas que se pode ver a fumaça mesmo estando de olhos fechados.


Mas com todas estas mulheres, realmente mulheres, você não sente falta da sua menina boba, daquele que fica vermelha quando você a olha no fundo dos olhos, naquela que fecha os olhos quando você a abraça, você não lembra que ela sorria até mesmo quando você fazia silêncio, até mesmo porque você nem sabe a cor dos olhos dela.


E essa menina, escreve coisas bobas, coisas que você jamais vai ler, coisas que você jamais vai entender. E ela poderia ser a sua menina, mas ela prefere se ausentar e deixar que você vá em busca de suas mulheres, só não se assuste se você não sorrir mais.


Lembre que seu sorriso vinha de ouvir coisas... Coisas bobas.

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