Não senti coisa alguma quando você partiu, mas se pudesse teria lhe olhado com mais firmeza, teria te beijado com mais paixão. Agora como antes, e nada mais, mas você estava aqui, e o teu abraço me pertencia, agora lá fora, o teu abraço não é de ninguém, muito menos meu.



Eu já sabia o que eu iria dizer, mas não foi preciso, aparentemente você já conhecia a minha indecisão, e fez o que eu talvez, não pudesse cometer.


Intensamente senti saudades todos os dias, não saudades tuas, mas saudades de algumas simples coisas, de algumas companhias, que em noites como estas de carência extraordinária, me faz quase chorar, se não fosse a falta que as lágrimas me fazem.


O vento, não é capaz de aliviar-me, o sono vem, mas é como se não me acalmasse, durmo pensando em inúmeras coisas, e por fim, acabo sonhando-as.


Se eu corresse, imagino que você estaria lá em alguma esquina me olhando, mas não acompanharia minha trajetória toda, e se eu ousasse cair, talvez, não me ajudasse a levantar.


Não se engane, pois eu não estou triste por você, neste jogo não apostei tantas fichas, mas joguei com algumas, algumas poucas fichas, e agora elas sumiram. Não sei se podes compreender, mas tenho medo que quando o grande amor chegar, meu coração possa estar tão estraçalhado que eu não consiga embrulhá-lo em um lindo papel com fita, para presenteá-lo, se eu ainda acreditar que você exista, óbvio.