Como eu queria te escrever em um sonho meu, no papel á beira do rio, podería escrever-te uma canção qualquer, teus olhos, á que parte do universo podería comparar os olhos teus? Nego-me a usar aquelas palavras bobas, de que teus olhos são como estrelas, distantes e brilhantes, embora eles realmente sejam assim... Mais talvez qualquer palavra minha, não te descrevería tão bem.
A afinidade que se tornou tão pesada, eu não acho isso bom, mas mesmo assim consigo te conduzir nas melhores trilhas que tracei, para te proteger de raios que queimavam, me fiz de escudo, e meu corpo foste tua sombra, repousavas tu, enquanto eu sorria com chamas consumindo todo meu corpo, eu apenas protegia o que acreditava ser o maior bem do mundo, os olhos teus.
Como aquelas lindas borboletas que vivem quase uma semana, assim era você, contente, eu imagina que compleriam sete dias ao teu lado, mas sem aviso, você partia. Quando me perdia via em alguns jardins borboletas e até mariposas repousando em flores e árbustros como os que eu cultivava para ti, de tanto que esperei por ti, esqueci de perceber que durante toda espera, pisei em todas flores belas, de tanto que caminhei te procurando entre as folhas, não reguei a grama, ela secou, então fiquei alimentando a sombra dos sete dias. Lembrava eu da tua cor, da tua textura, e te recriava com perfeição quando adormecia...
As tuas asas, eram meu tom, meu som... Mas como pode o silêncio, fazer tanto barulho?
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