Ontem eu tomei uma decisão, há alguns dias uma agônia me acompanha, talvez seja o medo de perder mais alguns anos aqui.
Amei todos vocês por cada instante desta minha vida que se estende há alguns poucos anos, mas sentia-me fraca e impotente até então, mas conheci o mundo dos sonhos, e com os dedos eu podia ser o quisesse, até eu mesma. Mas meu maior erro, ou talvez minha melhor lição, não sei como defenir, foi ter mergulhado em um mundo de perspectivas tão altas, afundei-me, e a água de tão doce, me alimentava. Era como fugir do medo, camuflando novos conceitos de medo, e os transformando em força.
Mas acabei amando com toda minha devoção a alma de alguém, e no fim perdida milhares de rostos desfocavam o ser verdadeiro, misturavam-se ao meu próprio eu.
Chorei, e fiz só isso por semanas, acreditei assim que meu coração ficaria limpo mais tarde, pois creio que primeiro a queda, depois o levantar, e nessa minha teoria fui fundo e segui á risca. Mas as feridas continuavam presentes, e mais uma teoria apresentara-se, curar um antigo amor com um novo, e o novo parecia-se tanto com o velho, que por vezes frases os transformavam em um só. Esse amor trouxe novas ilusões, trouxe as velhas um tempo depois, até que um dia transformou-se em uma apenas, como se o passado fosse capaz de aprisionar-me mais de uma vez, e o mesmo sufoco, e desespero estivessem presentes. Os pensamentos eram os mesmos, fuga, medo, agônia, mas no final, essa ilusão teve sua parcela de realidade, tão pequena, agridoce, que hoje traz saudade, a impureza de todos os fatos e fotos que se foram, mas que soube deixar suas marcas.
E depois deste tempo, não havería eu de deixar um novo amor me prender, me agonizar, me fazer temer, pois cada vez mais estas paredes me sufocam, e minhas mãos anseiam com o tocar da fechadura, mas apenas o som to teclado posso escutar, não, não consigo parar...
Sinto o sol se por, e o ar está mais limpo agora, a vida faz sentido, mas aqui fora a vida é diferente. Quanta saudade no peito, ele nem lembra que eu existo, mas eu continuo viva como um vegetal, e por estar com ódio de mim mesma, é que decidi decidir por mim e por mais ninguém, hoje me dispeço, me vou.
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