Não há mais nada, não há um momento curto ou longo, os números não dobram e os jornais pararam de publicar noticías.
Odeio esse momento que se repete, este silêncio que me aprisiona, as palavras doces que não saem de tua boca, mas que posso ouví-las, odeio ter que ver o que fiz, e ter a certeza que não há nada que possa fazer as coisas mudarem.
Odeio quando acordo pela manhã e meus dedos estão gelados, estariam quentes se estivéssemos lutando, mas não há mais forças para nada, não há mais vencedor ou perdedor.
Me sinto por vezes tola por dizer coisas sem significado, escrever tolices que não me mostram, do contrário me escondem, e é por isso que você se preocupa em saber se estou bem, escrever é uma arte, é a minha, e palavras fortes como estas farão, ou fizeram algum sentido de algum modo, em algum tempo.
Não estou ansioso para lhe contar dos meus dias, estou bem, estou ouvindo e tenho cantado, se choro é por angústia, e isso acontecia só quando retornavámos ao passado. Não estou com um sorriso no rosto por ter lhe machucado tanto, mas vou ficar bem por ter acerteza que você foi a pessoa mais importante da minha vida, poucas pessoas ao longo da vida lhe dirão tudo o que eu disse, logo, não sentirão o que eu senti, e me sinto limpa por isso, e agora livre, para poder ir embora, e te levar ainda como um momento bom, antes que tudo se termine, mesmo assim, eu odeio este momento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário