Evito sentir o frio, pois ele me faz pensar que você talvez pudesse me esquentar. Não quero ver as minhas fotos, pois elas mostram a tua ausência. Não gosto que repitam todo meu nome, em algum momento eu pensei que um dia teria teu sobrenome. Não gosto de anéis, eles me lembram que você nunca irá tocar em minhas mãos. Prefiro não olhar para o relógio, a hora sempre é a mesma, e lembro do tempo que passei ao seu lado.
Parei de falar sozinha, com medo que você pudesse me responder. Não faço mais pedidos as estrelas, não as vejo brilharem porque todas as vezes em que olhei para o céu, tapei meus olhos para não te encontrar.
Não peço a ajuda de ninguém, tenho medo que queiram me derrubar. Não bebo mais a água da torneira, talvez esteja envenenada.
Não consigo dormir, e a chuva não para lá fora, e aqui dentro o sangue escorre por toda parte, não tenho coragem de me olhar no espelho, pois o que eu tinha de mais bonito, não agüentou ficar aqui e partiu, e talvez algum dia você encontre alguém assim, como um dia eu fui, será essa parte mais bonita que eu guardava, que se perdeu de mim e encontrou um outro alguém para cultivá-la.
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