O tempo passa e finalmente você aprende a diferença de algumas coisas.
Entre o ontem e o hoje, e o chorar e sorrir, a diferença é que ontem, chorando ou sorrindo, eu estaria em teus braços. Hoje, divido essas emoções com o meu reflexo no espelho.
Não, talvez você não queria se apaixonar, por mais que tente, você não sente exatamente o que um dia alguém te fez sentir, você só sabe que se pudesse gostaría de sentir de novo na mesma frequencia.
Você entende que em seu jardim existem várias cores de borboletas, mas você gostaría de poder ver aquela que iluminava seus dias mais sombrios, com a suavidade que tem a seda, com o perfume que tem as rosas e com a elegância que tem uma flor. Mas a sua borboleta, que não era sua, que não é de ninguém, voô tão alto, que se perdeu no meio do caminho, e em um dia em que o sol não saiu, e as flores não se abriram, você encontrou as asas da borboleta caídas no chão, mas não viu o resto dela.
E quando você consegue chorar, embora esses dias sejam raros e quase não existam, você se pergunta se haverá alguma outra criatura tão bela voando por aí, capaz de transformar os seus dias mais escuros em paisagens coloridas e iluminadas. Talvez exista, mas nunca uma andorinha vai ser uma borboleta.