Eu estive aqui todas as manhãs quando o sol nascia, e quando entardecia eu via pela janela um sol quadrado, mas que brilhava, e quando a noite chegava me confortava tuas palavras.
E eu chorei quando me abracei sozinha, pois todas as vezes pedi a Deus para sentir teus braços me envolvendo em um abraço, mas nunca senti e com o teu rosto nunca sonhei, imagine... Teus lábios jamais toquei.
E a porta do meu quarto que me levava ao mundo lá fora, foi desaparecendo aos poucos, e a janela do meu quarto era alta demais para pular, fiquei esperando-te chegar, mas você não viria.
Eis que eu lembraria do teu jeito e das tuas palavras para sempre, não fosse um momento de loucura que fez-me pular do alto da janela, para que eu pudesse me libertar. Até meus cabelos sentiram dor neste dia, e minhas lágrimas foram tantas que depois daquele dia eu tão pouco chorei. Leventei-me, arrumei meus cabelos, eles brilhavam com o brilho sol, e foi com os raios do sol que eu te comparei, e de ti tenho certeza, jamais esquecerei.