Eu não saberia dizer como foi que o frio daquela manha tomou-me tão depressa, só sei que foi assim, e quando dei por mim, estava congelada.
Eis que os teus olhos brilharam de longe, e um calor desigual nasceu do meu peito, espalhando-se por todo meu corpo.
Mas você não viu, não estava lá, fui dissolvendo aos poucos, a cada manhã quando tua imagem vinha-me como presente divino, quando tua voz penetrava em meus ouvidos, sem mesmo escutá-la, no silêncio da madrugada ou no amanhecer da alvorada.
Quando te vi e sorri, todas as feridas cicatrizaram-se, e me mantive em estado de euforia durante toda a espera por ti.
Mas você não veio, não estava lá, e mesmo assim, tua voz eu escutei e teus lindos olhos eu vi, do teu rosto eu lembrei, e quando dei por mim, a tua ilusão estava ao meu lado quase me abraçando.
Foi quando do céu caíram estrelas, e eu coloquei minha mão para pegar uma delas, eis que te vi de longe e percebi que em teus olhos brilhava uma constelação inteira, e nesse dia, eu quis ser o teu céu.
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