Depois de tanto tempo descansando a cabeça no travesseiro, ela descobriu que o frio emanava de dentro do seu corpo, e que se chamava saudade.
E todas às vezes nas quais olhou para as estrelas lá no céu, desejou mais do que tudo o que ela sempre quis, e com a mão no peito, ela podia sentir o vento que passava pelo seu coração, até que amanhecia e os raios do sol devolviam sua alegria.
A mentira mais doce, da verdade mais cruel, assim eram seus dias... O fruto verdadeiro do seu pecado nascia em seus olhos e chegava como abraço terno em sua alma, as lágrimas eram doces e pesadas, continham uma quantidade imensa de amor, mas se dissipavam como algodão doce ao passar na boca, e chegavam ao coração em forma de interrogação.
Uma agonia enorme nascia e morria todos os dias, assim como o sol morre todos os fins de tarde, para renascer no outro dia.
E todas as noites ela dançou perfeitamente, como se ele a pudesse ver, ela sabia que ele não estaria ali, mas a sua cadeira vazia sempre esteve reservada.
E ela não se esqueceu dos dias de sol, nem dos dias nublados, apenas tenta não lembrar, embora às vezes seja inevitável, ela apenas fica triste, e sabe que logo o sol trará um novo dia.
Seu nome ela leva consigo como tatuagem gravada a ferro e fogo em seu peito, e ela sabe admitir que o amou mais do que qualquer coisa no mundo, e que pensou todos os segundos, horas, dos dias e meses nele.
E um vive dentro do outro como em um espelho, com o vazio de cada lembrança e com a luz de esperança de um novo amanhã.
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