Nós erramos quando vendemos nossa dignidade á preço de mercado, e nossas esperanças foram tomadas em um primeiro gole, e depois disso só ficaram os restos e muitos pedaços de coisas que um dia nos completaram.
E é por isso, que todas as noites olhamos para céu esperando uma estrela cadente, pois eles dizem que quem vê uma tem sorte, mas o senhor na cadeira de rodas contesta.
E nós não ouvimos mais o som da razão, ele está confundindo-se em meio as mentiras, nós não acreditamos mais que possam existir dias ou noites perfeitas, pois quando o sol se poe, lá está nós, lutando para sobreviver mais um dia, e por isso ás vezes matamos.
Matamos a nossa honra, matamos aquilo que deveria viver dentro de nós, matamos nós mesmos todos os dias, para não termos sentimentos algum, pois muitos perderam a vida, enquanto faziam curativos em feridas que não eram as suas.
Nós estamos desacreditados, mas escondidos todos rezamos á noite, escondidos todos choramos, escondidos ainda dizemos silenciosamente que amamos alguém, e disfarçamos tão bem, que ás vezes até eu acredito que morri completamente por dentro.
Mas o fato é que, nós ainda acreditamos que um dia todo o pó que esconde as casas, e toda a imundice que suja a casa do faxineiro, vá embora, assim como veio. Nós ainda sorrimos e agradecemos todas as noites por estarmos vivos, ainda cantamos nossas canções preferidas, ainda que não possamos ouvi-las, nós ainda morreriamos por alguém.
Simplesmente, não demonstramos, estamos mortos no tronco, mas vivos na raiz, e só voltaremos a ouvir o som das coisas, quando todos juntos cantarmos, pois sozinhos o som não é capaz de chegar aos nossos ouvidos.
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